O QUE É?
Doença contagiosa ocasionada por bactérias e de fácil transmissão entre as vacas. Consiste na inflamação das glândulas mamárias, sendo considerada a doença mais comum e mais cara do gado leiteiro. Sua incidência está relacionada a fatores ambientais, do animal e principalmente do manejo. Ocorre em uma ou mais tetas e pode aparecer quando a vaca está em lactação ou no período seco. Pode ocorrer de duas formas: clínica ou subclínica.
Figura 1 - Esquema de fatores relacionados a ocorrência da mastite bovina.
O QUE CAUSA?
A mastite clínica provoca secreção de leite com grumos, pus ou de aspecto aquoso, tetas e úbere com vermelhidão, duras, inchadas, doloridas e quentes. Pode também gerar febre, perda de apetite e chegar a morte, em casos mais graves. Já a mastite subclínica apresenta sintomatologia invisível, necessitando de testes para diagnóstico.
COMO DIAGNOSTICAR?
Dentre os testes que o podem ser realizados pelo próprio produtor para detecção de mastite, o mais comum é o teste da caneca telada ou de fundo preto, onde são depositados os primeiros jatos de leite de cada teta e observa-se a presença ou não de grumos, pus ou se o leite está aquoso.
Figura 2 - Caneca de fundo preto para testes diários.
Figura 3 - Resultado positivo de mastite em teste da caneca de fundo preto.
Outro teste, que deve ser realizado mensalmente, é o California Mastitis Test (CMT), também conhecido como teste da raquete. Este teste é feito em uma bandeja que contém quatro compartimentos. Em cada um destes compartimentos é coletado 2 mL de leite de cada teta e adicionado um reagente na mesma quantidade. Depois são feitos movimentos circulares na bandeja. Caso verifique-se a formação de um gel em algum compartimento, aquela teta é positiva para mastite subclínica.
Figura 4 - Equipamento utilizado para o California Mastitis Test ou teste da raquete.
Figura 5 - Execução do teste da raquete.
QUAL A FORMA DE TRANSMISSÃO?
De animais contaminados para animais sadios, bem como de tetas contaminadas para tetas sadias, através dos equipamentos de ordenha ou mãos do ordenhador, quando os animais doentes são ordenhadas antes que os sadios e os equipamentos não são desinfectados.
COMO PREVENIR E TRATAR?
Identificar as vacas doentes é o primeiro passo. Depois, estas devem ser separadas para tratamento com antibióticos, o qual deve ser feito logo, sem demora. Mas, cuidado! Não deve ser usado qualquer antibiótico, isso porque são vários os microorganismos que causam a mastite. O melhor é consultar um médico veterinário para ser indicado o tratamento correto.
Na ordenha devem ser observados cuidados, tais como: fazer todos os dias o teste da caneca telada ou de fundo preto; ordenhar primeiro as vacas sadias de primeira cria, depois as vacas mais velhas que nunca tiveram mastite, depois as vacas tratadas e curadas, e por último as vacas doentes. Além disso, a ordenha tem que iniciar pelas tetas sadias e terminar pelas doentes.
Para que a doença não se espalhe pelo rebanho, deve-se tomar cuidados com a limpeza do ambiente (retirada do esterco do curral, sala de ordenha), limpeza das teteiras, regulagem da ordenhadeira e a lavagem das mãos do ordenhador antes de ordenhar cada vaca. Além disso, também é aconselhável a roçagem dos pastos para evitar ferimentos nas tetas e úbere, que podem servir de porta de entrada para as bactérias que causam a doença.
Antes da ordenha de cada vaca as tetas têm que ser desinfetadas e para isso pode ser usada uma solução contendo hipoclorito de sódio (2 colheres de sopa para 10 Litros de água), onde é lavada cada teta e depois secada com papel toalha. Depois da ordenha de cada vaca, deve ser feita a desinfecção de cada teta com uma solução de iodo ou iodofórmio. E as vacas devem ser mantidas em pé por pelo menos 30 min, para evitar que ao se deitarem microorganismos do ambiente entrem pelos orifícios das tetas.
Para mais informações acesse http://www.youtube.com/watch?v=r0iu2BILjZg e assista ao vídeo sobre "Qualidade do leite e mastite em vacas leiteiras".
Por Laila Mayara Drebes
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